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domingo, 22 de junho de 2014

Maria Aparecida de Aquino - Homenagem póstuma



Sorri a menina com seu vestido enfeitado com o laço de cetim,
combinando com a boneca que competente segura o bolo feito saia.
Baila a menina pela vida, buscando o que nunca teve.
Baila na rebeldia da adolescência.
Baila no amor feito desamor.
Segue pela vida com seu bailar incerto de passos muitas vezes perdidos, mas sobrevive.
Molda outra vida com mãos solitárias.
Longe do lar da infância baila.
Volta um dia a mulher que ainda ouve musica.
Volta com pés cansados, sorriso triste. Seu tempo terminou.
Chegou o fim da sua festa. Todas luzes irão se apagar.
Todos os acordes irão silenciar.
Descansa o corpo no lar da infância; seu lugar. segue a alma para no lar eterno bailar.

Su Aquino
22/06/2014

domingo, 8 de junho de 2014

Difusa



Imagem difusa do meu vulto que caminha rumo à paz;
Vez ou outra faz paragens e admira a paisagem.
Com o tesouro da descoberta: Para renascer basta morrer...
Muitas mortes em uma só vida. Muitos nascimentos em uma só vida.
Muitas paisagens nessa caminhada. Tantas e tantas...
No pergaminho cuidadosamente guardado muitas vivencias.
Em letras alegres, coloridas, o despertar do amanhecer da inocência.

No pergaminho registrado o som de risos, a confiança em palavras...
Depois a cinza da realidade revela que nem tudo são cores.
Letras em preto e branco com o cinzento das desilusões.
Letras verdes da esperança colorem a palavra ressurreição
Nessa caminhada não são todos que conseguem morrer e renascer.
Inventar bolas de sonhos e com elas fazer malabarismos no semáforo da vida.
Estou entre os que conseguem se equilibrar e ainda receber aplausos na plateia da consciência.
Sem ser artista colorindo as telas da minha vida somente para dar vida a essa aquarela,
E finalizo com o pensamento de um autor desconhecido.
“Eu que tantas vezes morri e renasci pra viver. Às vezes penso que vivo porque já não sei mais morrer.”