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terça-feira, 28 de maio de 2013

Sombras



 
 
 
 

 

O abraço claro envolve o mundo. Silenciosamente, vagarosamente.
As sombras do interior desse abraço começam a se mover.
Olhos que piscam mentes que erguem seus sonhos.
Penso no Deus que tudo criou e nos deuses que os homens criaram.
Cada sombra algemada a sua verdade.
Sombras do passado invisíveis flutuam. Talvez tenham pena de tantas verdades...
Sombras que pregam verdades que não vivem...
Sombras que não pregam e vivem...
Sombras com luz própria, rodeadas por outras sombras que se deleitam com sua luz.
Sombras escuras que exibem sua luz artificial. Porem não enganam ninguém...
Sombras pregando a felicidade e a perfeição, falando sozinhas...
Sombras que oscilam entre felicidade e imperfeição, falando e sendo ouvidas...
Afrouxa o abraço do amanhecer, a escuridão vem para a substituição.
Adormecem as sombras descansando da labuta.
Acordadas sombras que não descasam após a labuta.
A escuridão com seu silencio envolve as sombras.
Sombras que bendizem a rebeldia do momento de solidão.
Sombras que se perdem no seu momento de esquecimento.
Seguem a sina do seu momento de abraços.
Claros, escuros...
Até o dia que será somente uma sombra que flutua esquecida pelos seus substitutos.






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