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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Sem pecar...


Sem pecar...


Céu sem sol, cheio de nuvens enfeitadas.
Roupagem da tarde aguardando a chuva.
Não tem romantismo para esse momento.
Somente muito planejamento.
Muitas decisões para adiantar o ano que se anuncia.
Entre silencio e decisões. Me pego a observar.
Teus pés sobre o tapete continuam os mesmos.
Minha memória nunca me traiu. Poderosos pés os teus.
Observo tuas mãos. A caneta a decidir.Em muitas vidas vão influir.
Corre o tempo, cai à chuva. Quem chegou aqui não ficou.
De repente o momento se transforma. Não mais o profissional.
Mais o ser humano faz se ouvir. Vou cozinhar e lá vou eu a te seguir.
Na tarde que se despede abro o vinho e me sento a te observar.
Somente como um homem surpreendente posso te definir.
Observo cada gesto, teu jeito de agir. Massa pronta para servir.
Nada de pessoal para discutir. Somente o momento para sentir.
Voou o tempo e a noite entrou sem pedir. Com ela o movimento, as pessoas.
Hora de partir. Na porta ao se despedir. Diz-me algo que pensei e não falei.
-Como gosto de observar você a me observar.
Mas um dia passou. Hoje ninguém pecou.


http://youtu.be/mZbVY4veV7A

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