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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Desabafo



Desabafo


Dia frio, no aconchego do leito ouço tua voz na tarde.
Voz esperada, desejada, próxima...
Dialogo direto de um mesmo desejo concreto.
Tão real esse querer... tão intenso esse sentir...
Fecho os olhos e, imagino-te preso no seu mundo.
Correntes de obrigações.
Distancia de minutos... impossível de percorrer.
Olho para minhas próprias correntes... reais.
De repente silenciamos. No silencio imagino-te aqui...
A consciência lembra que a distancia é bem mais que minutos...
Contemplo o abismo que o tempo colocou...
Realidade enfia a espada da razão no peito sem dó...
Minha voz se cala, sem encontrar a liberdade perante a realidade.
Abismo e limite devem ser respeitados.
Peito ferido, coração vestido de tristeza.
Um querer teimoso que não se vai...
Frias correntes... fria realidade.
Frio corpo embaixo do edredom.

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