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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A virgem,o mineiro e a garrafinha.Realidades da vida


A virgem,o mineiro e a garrafinha.Realidades da vida


Olhado a pacata noite da cidadezinha onde morava Maria pensava em sua vida. Tinha 40 anos, sempre morara ali. Seu primeiro e único namorado fora aos 15 anos.Dele guardava o beijo tímido e roubado.E guardava algo mais ,sua inocência,sua virgindade.Sabia que ele morava na capital,casado,com filhos.Mais edaí.Ainda esperava.Sonhava com aquele dia em que se tornaria mulher pelas mãos dele.Toda noite acalentava aquele sonho e assim a vida pacata seguia.
Um dia o milagre aconteceu. Ele estava na cidade visitando a família. Chegara a hora pela qual ela esperava á vida inteira.
Arrumou-se com esmero, roupa de domingo. Sendo que nem missa tinha naquele dia.Usou seu perfume de sempre.Marca antiga,se perguntando se ele se lembraria do seu cheiro.Partiu disposta a dar boas vindas.
E finalmente o viu passeando na praça. Mudado com certeza.Mas o charme do mineiro continuava o mesmo.Os olhos vivos e safados sorriam junto com a boca,quando a cumprimentou.Maria não precisou se esforçar para conquistá-lo.Nelson era motorista de ônibus na capital.Peão do trecho esperto.Logo deu um jeito de marcar aquele encontro para a noite.Mesmo sem imaginar o que o esperava,marcou.
Maria chegou a casa, trocou os lençóis, preparou sua camisola. E sonhou na janela. Na hora de sempre entrou.Aguardou o silencio,a cidade dormia.
Lá vem o mineirinho na hora certa.Quieto,observador.Entrou.Naquela sala ouviu uma sincera declaração de amor.Inacreditável declaração!Ele pensou coitada essa aqui por mim esperou, não posso desprezá-la. Então a abraçou e com juras de amor sua virgindade ceifou.Noite mágica do jeito que ela imaginou.E outras noites vieram depois dessa.
Mas o dia da partida chegou, na ultima noite ele ainda amor jurou. Porque assim, pensou ele tinha que ser feito. Lá se foi para capital,para esposa e os filhos.Vida normal.Um belo dia chega a carta.Era dela com muitas juras de um amor eterno.E agora pensou ele. A carta ele não queria destruir. Mas a esposa ciumenta era seu problema. Então resolveu a questão.Colocou a carta numa
garrafinha,tampou,Cavou um buraco no quintal e as juras enterrou.Lógico que a estória correu trecho.Porque ele contou.
Um dia desses o encontrei. Perguntei se aquilo foi o final. Não foi. Maria vendeu a casa e para a capital do estado havia se mudado.Aqui chegando uma paixão com ele viveu.Ate enjoar e ir experimentar outros amores.
Os nomes dos personagens mudaram nesse conto. Mas a garrafinha existe. E o mineiro esperto estava trabalhando ontem.

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