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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ÁGUAS SEM MÁGOAS



ÁGUAS SEM MÁGOAS
Cai a chuva na madrugada
Bate na janela te chamando para fora
Brilha teus olhos a contempla-la
Teus pés descalços não incomodam

Revelando a intensidade da natureza
No clarão, tua força, águas sem magoas.
Porque me seduz? Se és ira e pureza
Intensa, insana, liberta, o peito arpoa

Peito agarrando,seduzido,ferido
Perdido na beleza ,dessa tormenta,
Indecisão, invadida pelas águas
Derramada numa noite de incertezas

Liberto, morrendo aos olhos da memoria
Mas no renascer constante, traz o castigo
Do peito corrompido, no pranto sem glória
Misturo-me as águas, meus instintos instigo


Su Aquino e Ricardo Vichinsky





Um comentário:

  1. Um magistral dueto, parabéns aos sensíveis poetas, beijokas com carinho e um bom final de semana

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